
"É, a vida é um balé,
é feita do que é,
os pés guiando passos
e os passos guiam o pé"
Esse é o refrão de uma música de um autor que ainda mora no fim do mundo...Sinto falta desse cara,das músicas dele e das músicas que criamos sentados no parque.
Eu queria muito descobrir quem criou o tempo,a distancia e os joelhos problemáticos. E sim,essas três palavras tem uma relação intrínsica.
O tempo passa,a gente aprende.
Já ouvi diversas teorias dizendo que o tempo se criou quando o universo se criou,mas isso hoje já não me interessa mais.O que me interessa são os "porques".
O tempo passa, a gente cresce,muda, deixa o antigo eu num canto e cria o novo eu e isso é bom, mas a distância caminha ao lado disso.
Quando a gente cresce, de alguma forma,vai embora e a distância é uma das coisas mais tirstes do mundo.
Na verdade a distância é a tristeza do mundo. As pessoas só são frias porque são distantes, só não riem porque permanecem bem longe da graça que a vida mostra em todos os momentos que dirigimos nossos olhos pra ela.
O tempo passa,criamos distâncias,ás vezes lutamos contra qualquer distância e aí chega uma hora em que os joelhos doem.
Vamos ao médico e ele nos diz que não podemos mais lutar contra a distância,nossa paixão terá de ficar de lado,esquecida pra não doer tanto,empoeirando junto com as fantasias de todos os festivais que dançamos.
Ou seja, tempo,distância e joelhos problemáticos também tem relação com esquecimento, mas essa palavra ainda não permeia o meu vocabulário como as outras...
O que permaneçe hoje é a palavra lembrança. Aindo lembro da bailarina que mais brilhou como odalisca...E eu sei que ela ainda mora em algum canto além da tristeza de deixar uma paixão de lado.