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Quis gritar mas segurou a voz...

Quis chorar mas resolveu sorrir.Enquanto o Mundo lhe dizia o que não fazer, ela resolveu seu próprio destino. Como se nada mais importasse além da sua própria felicidade. E o que mais deveria importar?
Além dos caminhos todos pela frente, percebeu que tinha uma grande mochila nas costas e mãos que seguravam levemente as suas.
Entendeu então que dentro de si, havia apenas o que ela realmente havia construído, existia apenas a verdade dela mesma.
Enxergou então que nada mais poderia lhe segurar, a não ser o seu prórpio desejo de ficar.
Viu que as mãos que a apoiavam era ela quem havia permitido escolher e que por amá-la continuariam sempre ali. Ela já não se permitia guiar.
Sentiu o quanto era forte, quão grande era seu poder.
E agora, cada vez que a revolta a seguisse, olharia para os lírios, veria a beleza, iria senti-la, como se cada a cada respirar apenas a alegria sentisse, como se a cada olhar apenas o amor visse.
Decidiu que buscaria a vida, assim como ela sempre a seguira.



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Sobre a saudade.

A saudade lembra de tudo o que foi vivido
Lembra do que foi e do que virá
Lembra do passado que realizamos,
das palavras que dissemos,
do riso unido,
das mãos dadas,
do abraço apertado,
do canto em cojunto,
da vida numa harmonia única.
Lembra da vida...

Mudanças bandidas que unem e depois separam,
Que trazem mais lágrimas do que pensamos ter,
Que nos fazem mais saudade do que imaginamos ser...


Às vezes, quando penso na minha saudade, ela realmente me parece uma companhia. Um ser de uma melâncolia mais bonita que vive conversando comigo nos momentos em que estamos apenas eu e eu mesma. Penso que saudade é mais que falta, é mais belo e mais humano que apenas o vazio de algo necessario. Saudade é a lembraça da vontade de ter novamente.