que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..."
Cecília Meireles, in Romanceiro da Inconfidência, 1953
Imagine uma flor. A mais bela, a mais rude ou a mais singela.Imagine uma cor. Num tom claro, escuro ou misturado.
Imagine apenas...E contrua num sonho sua maior obsessão.
Esta é a Liberdade. Uma flor cultivada pelo mais intimo intelecto humano, plantada e germinada no jardim dos sonhos mais profundos e mais inexplicáveis.
Ela brota quando conhecemos seu adubo, o Ideal. Oh Ideal! Que faz com as pessoas morram enquanto trilham seus caminhos mas que faz com que carreguem no peito uma sede complexa de mudança e nos olhos o fogo de mudar.
Ela cresce quando caminhamos em busca de mais adubo e de mais terras férteis, os sonhos.Neles plantamos cada vez mais a Flor chamada Liberdade, depositando o mais puro amor e os mais imperfeitos sentimentos humanos.
A Flor é plantada mas nunca colhida, sempre há amarras no mundo, mesmo que invisíveis. Já nascemos entre grades e a Liberdade é plantada por nós além dessas grades, onde bate o sol da fraternidade, onde há ventos de mudanças, onde existe a chuva da igualdade.
Esta Flor se mostra forte mas é tão delicada quanto uma gota de orvalho. Precisa do sol da fraternidade para que suas raízes sejam fortes e firmes na terra, para que uma flor permita que a outra cresça numa certa proximidade, para que a beleza das diferentes cores se combinem, não se contrastem.
Nescessita dos ventos de mudança para que as pétalas velhas caiam e surjam novas, tão belas quanto as antigas e para que seu caule seja sempre rijo diante das coisas que a possam abalar. Tudo tem sua hora de mudar.
E é sempre bom que caia sobre ela a chuva da igualdade, que mostra que todas as Liberdades são belas e necessárias, que são iguais perante o céu. São gotas pesadas, que mostram a cada flor que ela é única mas não "a única". Todas são importantes para que haja um belo jardim.
Sempre que regada ela fica mais bela e sempre que replantada faz com que mais flores possam surgir e povoar esse imenso jardim chamado ser humano.
Como se rega? Com idéias.
Como se replanta? Com palavras.
8 olhares incomuns:
Que liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo texto. *-*
Então, Laís, eu amaria, mesmo, se você viesse no dia dez.
Mas a nomeação já saiu e há especulações sobre eu começar dia 1º. Assim que eu souber, te aviso.
Mas qualquer coisa, eu dou um jeito. (:
Beijos.
Me segue
Que lindo! Amei!
Acho muito que vc vai ganhar o primeiro lugar!
Serio, muito lindo!
:*
Oi, Lalá!!
Lindo texto!
A liberdade realmente se parece com essa flor lindamente descrita!
Você escreve muito bem!!
E, eu achei que seria o último romance e não o único porque ó mundo já viu romances. Há muito tempo atrás, quando tudo era mais simples e ninguém se oferecia dançando funk e mostrando todo o corpo. Por isso, aquele não era o único, mas era o último que o mundo veria. Porque essa sociedade ficou degradada...
Acho que foi mais um delírio meu do que qualquer outra coisa..hahah
É que aquele texto eu escrevi baseado num conto meu...^^
Beijos da Lu!
Lembrou-me:
"E se você dormisse? E se você sonhasse? E se em seu sonho você fosse ao paraíso e lá colhesse uma flor bela e estranha? E se ao acordar você tivesse essa flor entre as mãos? Ah, e então?
Só pra constar: a frase é de Friedrich Novalis!
;)
ual, to chocada com tamanho talento.
perfeito texto.
um enorme beijo.
Torço por vocês, também.
E dê os parabéns ao Lê por mim. (:
Saudades, demais.
♥
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